Mas enfim, o que as Ciências Contábeis tem haver com o Comércio Exterior?
Aprendemos durante nosso curso de Comércio Exterior que a
globalização vem transformando o mundo nos últimos trinta anos e aumentando a
necessidade de compra e venda de bens e serviços entre países diferentes.
O Comércio Exterior pode
ser resumido de forma muito sucinta como a troca de bens e/ou serviços entre
países diferentes, processos de exportação e importação. Os profissionais
de Contabilidade também são requisitados para trabalhar nesta área para o
domínio das operações contábeis referentes às importações e exportações e bem
como os tributos envolvidos no processo. O profissional contábil que atua neste
ramo é muito bem remunerado e está em falta no mercado.
Para simplificar, basta você
pensar nos sapatos importados que são vendidos nas lojas, como eles chegaram ao
Brasil? Através do processo de importação! Ou quando você viu na televisão que
em 2013 que Rússia cancelou as importações de carne do Brasil, porque o produto
não atendia as normas de seu país.
A globalização é o motor do
comércio exterior existente. Através dela foi possível diminuir o
protecionismo dos países (menores barreiras alfandegárias) e avançar os estudos
em tecnologias de meios de comunicação e transporte. Como exemplo, podemos citar
a criação de navios modernos e rápidos, melhores aviões e a existência da
internet (também uma grande facilitadora de negócios).
Podemos perceber que é de
grande importância para os países fazerem parte desta “rede” de Comercio
Exterior, e o nosso Brasil não fica de fora! Para confirmar esta afirmação,
encontramos um levantamento feito pelo MDIC que nos mostra que de janeiro a
dezembro de 2013, o Brasil exportou cerca de US$ 242,2 bilhões, o que
representa o terceiro melhor resultado da série histórica da balança comercial
brasileira, inferior apenas ao que foi registrado em 2012 (US$ 242,6
bilhões) e 2011 (US$ 256 bilhões). E as importações anuais em 2013
chegaram a US$ 239,6 bilhões, o maior volume já registrado, com crescimento de
6,5% em relação a 2012. Com esses resultados, o saldo comercial foi de
US$ 2,5 bilhões e a corrente de comércio, soma de importações e exportações,
atingiu US$ 481,8 bilhões, com crescimento de 2,6% em relação a 2012 (US$ 465,8
bilhões). É o segundo maior valor já registrado, atrás apenas do recorde de
2011 (US$ 482,3 bilhões).
Neste mundo em constante
evolução também surgem novos desafios! Vamos tentar imaginar como é possível
países com leis, normas, moedas e cultura tão
diferentes fazerem comércio. Para que isso ocorra é necessário a PADRONIZAÇÃO
de vários processos, entre eles os Contábeis! Para isso foi necessário a
criação das normas internacionais de contabilidade, hoje conhecidas como IFRS (International Financial Reporting Standards).
Para entender melhor este
assunto, é importante verificarmos o contexto de onde isso começou. Empresas de
todo o mundo começaram a investir em outros países, e as diferentes formas de
apresentação de demonstrações contábeis dificultava o entendimento e análises
patrimoniais, houve a necessidade de padronizar este processo também. Países europeus
utilizavam padrão IASB, enquanto países americanos utilizam padrão FASB. Com
descrédito devido aos escândalos ocorridos em empresas norte-americanas,
balanços milionários, de empresas falidas, o modelo FASB foi perdendo campo, e
dando lugar ao IASB, que hoje é conhecido como IFRS.
Mas afinal, o
que é o IFRS? É um conjunto de
pronunciamentos de contabilidade internacionais publicados pelo IASB (International Accounting Standards Board),
que é o organismo de referencia na produção de normas internacionais de
contabilidade.
Vamos
conhecer um pouco mais sobre esse projeto inovador e cheio de desafios:
O objetivo do IFRS é “desenvolver, com base em princípios claramente
articulados, um conjunto único de pronunciamentos contábeis de alta qualidade,
compreensíveis, exequíveis e aceitáveis globalmente.”
História ( Principais
fatos):
2001 - IASB anuncia primeiro
programa de projetos técnicos e a fundação IFRS é criada.
2002 -
União Européia concorda em adota modelo de IFRSs
2006 - China: adota normas
de contabilidade consistentes com IFRSs, com o objetivo de ter
total convergência
2007 - Brasil
estabelece cronogramas para adotar IFRSs, mais de cem países já
exigem ou permitem o uso de IFRSs.
2007 -Estados Unidos: SEC
permite que empresas não americanas reportem o uso de IFRSs,
consultas sobre o uso doméstico.
2011 - Rússia:
adotará IFRSs a partir de 2012
2012 - IASB conclui
primeira consulta de agenda trianual Comitê de Monitoramento e
Fiduciários publicam conclusões conjuntas das análises de governança
e estratégia.
2012 - G20: três quartos
dos membros do G20 agora exigem o uso de IFRSs
Como
vimos, este projeto visa harmonizar as demonstrações financeiras consolidadas
publicadas pelas empresas e uniformizar os comportamentos contábeis.
A iniciativa foi
internacionalmente acolhida pela comunidade financeira, desde 2001 quase
120 países requereram ou permitiram o uso dos IFRSs e
atualmente vários países tem projetos oficiais de convergência das normas
contábeis locais para as normas IFRS. O Brasil, que já adota este modelo desde
2007 com a introdução da lei 11.638/2007.
Para nos, futuros profissionais do Comércio
Exterior, é importante entender as bases da Contabilidade, como ela é
fundamental para a gestão não só das empresas brasileiras como em qualquer lugar do
mundo. Sinceramente, nós iniciantes no universo da Contabilidade e do "Comex" não tínhamos parado para pensar se os outros 190 países
existentes também usavam ferramentas da Contábeis (elaborar demonstrativos,
analise para tomar decisões e etc.). Também vimos que fazer parte desta rede de
Comércio Exterior se torna cada vez mais importante para os países e como a
padronização das normais Contábeis (assim como outros processos do Comex) é de
grande importância para facilitar esses processos.
Quer saber quais foram as principais mudanças na Contabilidade brasileira com a adoção deste modelo? Acesse: http://www.contabeis.com.br/artigos/790/a-nova-visao-contabil-apos-a-lei-116382007/
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Referências bibliográficas:
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